Nos dias atuais, a gestão escolar enfrenta o desafio de garantir a equidade e a inclusão, especialmente no atendimento aos estudantes com necessidades educacionais específicas. Para tanto, é essencial que o gestor atue de forma planejada, promovendo ações que assegurem o acolhimento, o respeito às diferenças e o protagonismo dos educandos.
Nesse sentido, a criação de um ambiente democrático, em que o diálogo e a escuta ativa estejam presentes, é fundamental. Cabe aos docentes trabalhar valores como respeito, empatia e diversidade por meio de projetos, rodas de conversa e atividades interdisciplinares. Aos gestores, compete assumir o papel de liderança, apoiando o trabalho pedagógico e articulando parcerias com a comunidade e com órgãos públicos, de modo a ampliar as condições de aprendizagem.
A inclusão, garantida por lei, deve ir além da matrícula formal. Um aluno cadeirante, por exemplo, não pode ser reduzido a mero observador nas aulas de Educação Física. É dever da escola criar estratégias que assegurem sua participação efetiva, garantindo, assim, tanto a equidade quanto a vivência social e pedagógica plena.
Ademais, o Projeto Político-Pedagógico deve contemplar o combate ao bullying e a promoção da comunicação não violenta, fortalecendo vínculos entre escola e famílias. O acolhimento, sobretudo das famílias atípicas, precisa ocorrer com empatia e respeito, consolidando a escola como espaço de apoio e pertencimento.
Portanto, fazer gestão escolar voltada à inclusão significa respeitar a diversidade, exercitar a escuta ativa e valorizar o protagonismo estudantil. Como destacou Paulo Freire, “não há docência sem discência”: os alunos estão no centro do processo educativo, e cabe ao gestor assegurar que cada um deles seja, de fato, incluído.
Escrito por Daiane Cristina Duarte da Silva
21/09/2025
